Brejão - Painel Buriti – Grupo Teia de Aranha 2005/2006
“Ali estava o brejão – o Brejão-do-Umbigo- Brejão, era uma baixada de capim-chato e bengo, bonita como uma paisagem... Toda a volta do Brejão, o côncavo de uma enseada, se assinalava, como um desenho, pela linha dos buritis. Pareciam ter sido semeados, um à mesma distância de outro, um entrespaço de seis ou sete metros. .. Mas o buriti-grande parava mais recuado, fora da fila, se desarruava...
O brejão era um oásis, impedida a entrada do homem, fazia vida. Não se enxergavam os jacarés, nem as grandes cobras que se estranham, Mas as garças alvejavam. Surgia um mergulhão, dos tufos, riscava deitado o vôo. Formas penudas e rosadas se desvendavam, dentre os caniços. Impossível drenar e secar aquela posse, não aproveitada. Serenavam-se os nelumbos, nenúfares, ninfeias e sagitárias.”
“Iô Liodoro regia sem se carecer; mas somente por ser duro em todo o alteado, um homem roliço – o cabeça. Seu conspeito era um acaso de firmeza mansa e onça, uma demasia sã em si, que minava de pessoa e marameava revertendo na gente uma circunstância."
Maria da Glória, filha de Iô Liodoro, do conto Buriti - Noites do Sertão de João Guimarães Rosa. Moça alegre, livre e formosa para governar um cavalo.
"Maria da Glória era a bela...montada à homem, com calças amarelas e botas...ela ria claro e sacudida a cabeça...Alegria, era a dela."
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