sábado, 27 de junio de 2020

BURITI - Detalhes



Maria Behú, filha de Iô Liodoro, do conto Buriti - Noites do Sertão de João Guimarães Rosa. triste, encorujada, melancólica, todo o tempo rezando.
"Desditosa, magra, Maria Behú, parecendo uma velha" ...Maria Behú reza, quase todo o tempo. Agora mesmo, de certo está rezando, recolhida no quarto.”




Lalinha, nora de Iô Liodoro, moça de traços finos, citadina, sinhá de todo o luxo e linda em dengos.
"Dona Lalinha, os cabelos lisos, muito , muito pretos; e o rosto a maior alvura."





Miguel: agrônomo, visitando as fazendas em seu jeep e enamorado de Maria da Gloria.
"Depois de saudades e tempo, Miguel voltava àquele lugar, à fazenda do Buriti Bom, alheia, longe. Dos de lá, desde ano, nunca tivera notícias, agora, entanto, desejava que de coração o acolhessem... Viajara de Jeep, em ermas etapas, e essa rapidez fora do comum dava para desentender-se um tanto o monótono redor, os conduzidos caminhos campeiros."




Chefe Ezequiel - homem que não dormia e ficava ouvindo os sons da noite.
“Mas o bobo Chefe não dormia era azucrinado com a ideia presa de que um certo homem viria vir, para o assassinar ... Mas no real, ele confundia muito as causas derradeiramente dava a entender que a ameaça era o duende de u a mulher, desconhecida, dela não sabia o nome , ou mesmo fosse uma mulher viva, que no varar da noite, chega vinha, rondava às vezes o moinho, onde ele pernoitava fechado.”





BURITI - Detalhes


Brejão - Painel Buriti – Grupo Teia de Aranha 2005/2006

O brejão, um lamaçal escorregoso com garças, corujas, caramujos, cobras, jacarés, sapos, lesmas, libélulas…. E, entre tudo flores.
“Ali estava o brejão – o Brejão-do-Umbigo- Brejão, era uma baixada de capim-chato e bengo, bonita como uma paisagem... Toda a volta do Brejão, o côncavo de uma enseada, se assinalava, como um desenho, pela linha dos buritis. Pareciam ter sido semeados, um à mesma distância de outro, um entrespaço de seis ou sete metros. .. Mas o buriti-grande parava mais recuado, fora da fila, se desarruava...
O brejão era um oásis, impedida a entrada do homem, fazia vida. Não se enxergavam os jacarés, nem as grandes cobras que se estranham, Mas as garças alvejavam. Surgia um mergulhão, dos tufos, riscava deitado o vôo. Formas penudas e rosadas se desvendavam, dentre os caniços. Impossível drenar e secar aquela posse, não aproveitada. Serenavam-se os nelumbos, nenúfares, ninfeias e sagitárias.”






Iô Liodoro, personagem central do conto Buriti – Noites do Sertão de João Guimarães Rosa. Uma autoridade que regia a vida das pessoas ao seu redor. ” Iô Liodoro era pai de todos.”
“Iô Liodoro regia sem se carecer; mas somente por ser duro em todo o alteado, um homem roliço – o cabeça. Seu conspeito era um acaso de firmeza mansa e onça, uma demasia sã em si, que minava de pessoa e marameava revertendo na gente uma circunstância."





Maria da Glória, filha de Iô Liodoro, do conto Buriti - Noites do Sertão de João Guimarães Rosa. Moça alegre, livre e formosa para governar um cavalo.
"Maria da Glória era a bela...montada à homem, com calças amarelas e botas...ela ria claro e sacudida a cabeça...Alegria, era a dela."



miércoles, 17 de junio de 2020

Publicação "Economia feminista e ecológica: resistências e retomadas de corpos e territórios"









Esta publicação foi ilustrada com os bordados do projeto: Poeiras da caatinga, produzido a partir da obra "Os sertões" de Euclides da Cunha.
Para ter acesso à publicação entre no link:

https://www.sof.org.br/economia-feminista-e-ecologica-resistencias-e-retomadas-de-corpos-e-territorios/

lunes, 1 de junio de 2020